O presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, considerou hoje “ultrajante” que um protocolo sobre a ilha do Farol, situada no concelho de Faro, tenha sido assinado, esta manhã, nos paços do concelho de Olhão.
“O sr. presidente lamenta o facto de esta cerimónia estar marcada para os paços de um outro município, que não Faro, o que consideramos ultrajante para esta autarquia e para a população farense”, frisou a câmara de Faro, na resposta ao convite da ministra do Mar.
Em causa, está o protocolo entre a Administração dos Portos de Sines e Algarve e a direção geral da Autoridade Marítima, relativo à cedência da antiga casa dos pilotos do núcleo do Farol da Ilha da Culatra.
A sessão, realizada esta manhã na Câmara Municipal de Olhão, contou com a presença da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, e do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, numa agenda que começou em Portimão.
Na resposta enviada à ministra do Mar, a Câmara de Faro considerou lamentável o facto de o convite “ter sido feito com apenas 24 horas de antecedência, em desrespeito do mais elementar princípio da previsibilidade a que deve obedecer a gestão pública e, acima de tudo, em dissonância com a lealdade institucional que o sr. presidente sempre manifestou junto dos ministérios do Mar e Defesa e do Governo da República”.
Ainda segundo a resposta da autarquia farense, Rogério Bacalhau manifestou-se desiludido por, no caso, “não ter havido uma consulta prévia ou, vá lá, uma informação sobre os dossiês em apreço”, por dizerem respeito “ao território e à vida da população de Faro – uma realidade que o Ministério do Mar parece desconhecer”.