Receitas foram distribuídas por coletividades e IPSS do Concelho
A Câmara Municipal de Loulé atribuiu um montante de cerca de 65 mil euros, valor correspondente às receitas do Carnaval de Loulé 2017, é quanto a Câmara Municipal entregou a coletividades e instituições particulares de solidariedade social do concelho, no âmbito da política de solidariedade associada a este evento.
De acordo com a autarquia, 50% do valor arrecadado na edição deste ano do corso carnavalesco louletano foi entregue a quatro IPSS que “têm desempenhado um papel relevante para a comunidade em termos sociais”. São elas, o Centro de Apoio à Criança de Quarteira, UNIR – Associação dos Doentes Mentais, Famílias e Amigos do Algarve, ASCA – Associação Social e Cultural de Almancil e Centro Social e Comunitário de Vale Silves (foto ao lado).
A outra metade das receitas angariadas foi distribuída pelas onze associações que participaram no desfile carnavalesco com grupos de animação, contribuindo para a folia no recinto. Trata-se do Grupo Desportivo das Barreiras Brancas, EXISTIR, APAGL – Associação dos Pais e Amigos da Ginástica de Loulé, DOINA – Associação de Emigrantes Romenos e Moldavos do Algarve, Motoclube de Loulé, AGAL – Grupo dos Amigos de Loulé, TUALLE – Tuna Universitária Afonsina de Loulé, Associação Artística Satori, Fundação António Aleixo e ADA – Academia de Dança do Algarve (foto principal).
Esta iniciativa pretende, por um lado, “apoiar o trabalho das instituições que, diariamente, trabalham no terreno, junto das populações mais desfavorecidas, proporcionando-lhes o auxílio necessário para colmatar as suas carências”. Por outro lado, representa “um incentivo ao envolvimento da comunidade naquela que é uma das festas mais emblemáticas da cidade, uma referência em termos nacionais, contribuindo para que os níveis artísticos do desfile sejam ainda mais elevados”, afirmou o edil Vítor Aleixo.
Carnaval Civilizado sempre Solidário
Vale a pena recordar que desde a sua primeira edição, em 1906, o “Carnaval Civilizado” de Loulé teve sempre um papel de beneficência, com a realização do chamado “Bodo aos Pobres”, em que eram atribuídas 200 “esmolas” às pessoas carenciadas. Na década de 20, a organização do evento passou para as mãos da Santa Casa da Misericórdia de Loulé, tendo como objetivo a atribuição de toda a receita do Carnaval para o funcionamento do Hospital de Loulé, durante anos considerado um modelo na região do Algarve. Mais recentemente, a Câmara Municipal de Loulé, que desde os anos 70 passou a organizar o desfile e o corso carnavalesco, assumindo a quase totalidade da logística do evento, tomou a iniciativa de atribuir o montante arrecadado com a venda de bilhetes às associações do concelho.