A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, apresentou esta segunda-feira, na ilha da Culatra, no concelho de Faro, o projeto «A pesca por um mar sem lixo», ao qual já aderiram 101 pescadores daquele núcleo piscatório.
O objetivo passa por promover a redução dos resíduos no mar através do apoio à adoção de boas práticas ambientais por parte dos pescadores e potenciar a valorização e reciclagem dos resíduos recolhidos no mar.
A ministra do Mar afirmou que o projeto vai ao encontro da “grande ambição” do governo de “participar de forma ativa relativamente à saúde do oceano e das praias portuguesas”.
“A limpeza no oceano tem de ser garantida de várias formas e a forma que vamos lançar aqui no Algarve é, começando pela Culatra, a pesca por um mar limpo”, referiu, acrescentando que a meta é garantir que os desperdícios associados ao pescado e à pesca deixam de ser atirados ao mar, criando condições nas embarcações “para que o mar se possa manter limpo”.
À data do lançamento, o projeto conta com 101 aderentes (87 embarcações, 11 viveiristas e três mariscadoras), tendo sido criados dois pontos para deposição dos resíduos recolhidos em terra.
A iniciativa está a ser implementada em colaboração com o município de Faro, das Associações de Pescadores, da Associação de Moradores da Ilha da Culatra e da Associação Portuguesa de Lixo Marinho.
Ana Paula Vitorino destacou ainda a importância do papel desempenhado pela comunidade piscatória, que tem sido parceira de “novas políticas ligadas ao mar, quer de sustentabilidade das espécies e dos stocks, quer nestas políticas de limpeza e ambientais”.
O governo está a preparar outros programas para limpeza das praias com entidades privadas e outras entidades públicas, disse a ministra, acrescentando que Portugal está a negociar e a subscrever protocolos com países como o Canadá ou a Noruega, no sentido de contribuir para a preservação e limpeza do oceano.
«A Pesca por um mar sem lixo» é um programa “muito interessante” que permite ter “uma base sustentável para limpeza dos oceanos em mar profundo”, concluiu.