
Ministério do Ambiente investe 22 milhões de euros no Algarve até final do ano
O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, revelou ontem que, até final do ano, o governo vai ter em concurso e em execução investimentos superiores a 22 milhões de euros em toda a região algarvia.
“São intervenções muito importantes para reforçar o cordão dunar, como a dragagem da Ria de Alvor e as dragagens das barras da Fuzeta e Armona, a Ria de Faro, sendo que tudo o que for dragado será reposto nas dunas para as consolidar face ao avanço do mar”, anunciou o governante, em Tavira.
O ministro destacou ainda “um conjunto relevante de infraestruturas que têm cabimento no programa Polis e que terão de estar em concurso até ao final do ano”, como a ponte para a praia de Faro, o novo plano de praia do Ancão e o Parque Urbano de Olhão.
Os investimentos valorizam “a atração que a Ria Formosa já tem para as atividades humanas mais tradicionais e para o turismo, com espaços muito qualificados e respeitadores da sensibilidade, fragilidade e riqueza destes ecossistemas”, salientou Matos Fernandes.
O ministro do Ambiente e a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, acompanharam o presidente da Câmara Municipal de Tavira, Jorge Botelho, na assinatura do protocolo de intervenção na zona marítima que inclui a construção do novo cais e da rampa varadouro na Ilha de Tavira.
As intervenções na lota e no cais de descarga e as dragagens representam um investimento global de 4,7 milhões de euros, sendo que 2,5 milhões de euros serão destinados à construção do novo cais e da rampa.
“Este é um projeto construído a três de uma forma serena e firme”, disse Matos Fernandes, em referência à cooperação entre a autarquia, a Docapesca e a Polis Litoral Ria Formosa, as três entidades que vão custear o investimento.
A obra tem o objetivo de garantir melhores condições de segurança e conforto para o transporte de passageiros e para a descarga de veículos e resíduos.
A ministra do Mar referiu que este projeto “engloba um conjunto de fatores que valorizam a economia do mar”, acrescentando que “é ao defender o território que se dá o primeiro passo para defender as pessoas”.
Ana Paula Vitorino acrescentou que a requalificação da lota, o ordenamento do cais de descarga e dragagens acessórias são “obras extremamente importantes”.
“É importante porque existe uma recuperação da lota, mas também da rampa varadouro e de todas as infraestruturas ligadas à pesca, existe uma importância indesmentível em matéria urbanística e de impacto visual e há a questão das ligações fluviais que passam a ter condições completamente diferentes”, sustentou.
A ministra afirmou ainda que as obras cumprem dois objetivos: garantir a sustentabilidade ambiental destas intervenções e aumentar a segurança e eficiência energética e económica destas atividades, incluindo pesca, turismo e náutica de recreio.