Vieira da Silva, ministro do Trabalho, no final da reunião de Conselho de Ministros de ontem, declarou que “o Governo vai cumprir o que está no Programa do Governo que é apresentar à concertação social um valor para o salário mínimo para 2018, valor esse que se enquadra no objetivo de atingir no final da legislatura 600 euros“.
Atualmente, o Salário Mínimo Nacional está fixado nos 557 euros depois de duas subidas consecutivas – em janeiro de 2016 e em janeiro deste ano – cumprindo desta forma o que está previsto no programa socialista: 530 euros em 2016, 557 euros em 2017, 580 euros em 2018 e 600 euros em 2019.
Na semana passada, em Guimarães, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, reafirmou que existem “razões de preocupação” porque “em várias matérias não há resposta a legítimas expectativas dos trabalhadores”. E entre as medidas elencadas referiu-se ao aumento do salário mínimo: “Encontrar-nos-ão determinados a fazer tudo pelo aumento geral dos salários, nomeadamente pelo aumento extraordinário do salário mínimo nacional para 600 euros, em janeiro de 2018, de modo a contribuir para a melhoria das condições de vida e o estímulo ao desenvolvimento económico”, afirmava o líder dos comunistas.
A verdade é que esta reinvindação não é nova, no entanto, o PS tem optado por negociar um aumento progressivo ao longo da legislatura com o Bloco de Esquerda.
Entretanto, eis que ontem, a garantia viria a ser dada pelo ministro Vieira da Silva, recordando que este é "o valor que está previsto no Programa do Governo".
A meta de 600 euros só será alcançada no final da legislatura.