A “folha de medronho”, associação de artes performativas de Loulé, faz parte do grupo de entidades guineenses e portuguesas que possibilitaram a montagem e estreia em Bissau do espetáculo “Dois tiros e uma gargalhada” do prestigiado escritor guineense, Abdulai Sila.
O Grupo do Teatro do Oprimido (GTO/Guiné-Bissau) vai estrear a adaptação da peça “Dois tiros e uma gargalhada” do prestigiado escritor guineense Abdulai Sila no próximo dia 2 de Fevereiro, 18h, nas instalações do INCA (Instituto do Cinema e Audiovisual da Guiné-Bissau).
“Dois tiros e uma gargalhada” trata da sabedoria dos “homens grandes”, principalmente a dos mais velhos, que carregam consigo um conhecimento milenar e práticas que vão para além do real empírico. Trata também, com muita graça e ironia, a imagem de uma sociedade que se assemelha à actual realidade de alguns países africanos, projetando de uma forma sublime uma visão sobre como ultrapassar a violência através da tolerância, reconciliação e benevolência.
A montagem desta peça só foi possível graças à participação de várias entidades guineenses e portuguesas, entre elas a “folha de medronho” de Loulé, em regime de parceria financiada pela Fundação Calouste Gulbenkian. Trata-se da primeira produção em que participa esta nova associação louletana, que em breve apresentará o seu programa de atividades previsto para 2018.
Participam nesta nova produção do GTO, os atores Marcelino António Ingira, Elsa Maria Gomes, Mário Oliveira, Edilta da Silva e José Carlos Correia. A cenografia é de Domingos da Silva, a fotografia e o cartaz de José Luís Aguilar.
A adaptação e encenação é do Diretor Artístico da “folha de medronho”, João de Mello Alvim, que assume também a Direção Geral deste Projeto.