O PSD/Castro Marim acusou os membros da oposição de terem abandonado a reunião de câmara de terça-feira para não votarem a proposta de refuncionalização da Unidade Móvel de Saúde (UMS).
“Posta à votação a proposta, os vereadores da oposição, de um modo irresponsável, abandonaram a reunião, o que originou a falta de quórum e términus da reunião”, revelou o partido, em comunicado.
A proposta de refuncionalização da UMS de Castro Marim foi apresentada pelo executivo social-democrata (presidente e vice-presidente), depois de as negociações com os membros do PS para alargar o serviço a outras vertentes terem falhado.
Recorde-se, o protocolo que permitia a continuidade do funcionamento da UMS foi chumbado em dezembro, tendo os socialistas justificado a sua votação com a vontade de apresentar uma proposta para modificar os termos de prestação do serviço e incorporar médico e enfermeiro a expensas do Serviço Nacional de Saúde.
Segundo o PSD/Castro Marim, as entidades responsáveis foram contactadas, mas “nenhuma manifestou disponibilidade de cedência de técnicos de saúde para a UMS”.
A proposta de refuncionalização já tinha sido apresentada em reunião de câmara pelo executivo liderado por Francisco Amaral, há 15 dias, mas foi retirada para ronda de negociações que não surtiram efeito.
Assim, na reunião de câmara de terça-feira, o executivo social-democrata voltou a apresentar a proposta que permite o funcionamento da UMS nos mesmos moldes, em protocolo com a Santa Casa da Misericórdia.
Segundo o PSD/Castro Marim, os vereadores do PS e do movimento «Castro Marim Primeiro» reconheceram “que nunca deveriam ter reprovado a primeira proposta”, mas, no momento da votação, apresentaram uma contraproposta, “sem o cumprimento dos normativos a que estaria obrigada e sem nenhum documento da ARS, ACES e USF Baesuris que a suportasse”.
Quando a proposta foi colocada a votação, os três vereadores da oposição, “de um modo irresponsável, abandonaram a reunião, o que originou a falta de quórum e términus da reunião”, relatam os sociais-democratas.
“A população idosa, isolada e desprotegida das povoações da serra não merece o abandono que se verifica desde o final do ano passado. Merecem mais respeito por quem, numa campanha eleitoral, prometeu defender os seus interesses. É lamentável o que se passa. Na política não deve valer tudo, muito menos atitudes irresponsáveis e desumanas para com uma população já de si muito fragilizada”, conclui o PSD/Castro Marim.