
PSD/Algarve acusa governo de atrasar obras na EN125 de forma deliberada
O PSD/Algarve acusou hoje o governo de estar “deliberadamente” a atrasar a intervenção estrutural prevista para a EN125 no sotavento algarvio, de forma a fazer coincidir a obra com o ano de eleições Legislativas, em 2019.
“A verdade é que, deliberadamente, o governo tem atrasado as obras, por duas razões: porque reduziu o investimento público a níveis historicamente baixos, inferiores aos que se verificavam em tempo de assistência financeira; e porque está - e vai conseguir - fazer coincidir a requalificação da EN 125 Olhão-VRSA com as eleições de 2019, o que não é mais que uma grosseira encenação”, salientou a estrutura social-democrata, em comunicado.
A Infraestruturas de Portugal anunciou na segunda-feira um conjunto de pequenas intervenções de “emergência”, no valor de 1 milhão de euros, a realizar até ao início do verão na EN125, entre Olhão e Vila Real de Santo António, na EN124, em Loulé, e na EN396, entre Lagos e Silves.
“Estas intervenções serão apenas uma maquilhagem, um exercício superficial que não elimina os problemas de fundo que se registam. É, por isso, uma operação de charme, para aquietar os justos e compreensíveis protestos dos algarvios a respeito da degradação destas vias e dar resposta às posições e iniciativas que o PSD tem tido nesta matéria”, critica o PSD/Algarve, questionando: “Por que não avançaram antes?”
Em reunião com os autarcas algarvios, o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme d’Oliveira Martins, estimou para 2019 o arranque da intervenção estrutural no troço da EN125 entre Olhão e Vila Real de Santo António, ao abrigo da alteração do contrato de subconcessão, que aguarda o visto do Tribunal de Contas (TC).
Para o PSD algarvio, o governo “faltou à verdade” quando veio apresentar um calendário de obras de requalificação profunda que se iniciariam em 2017, “pois apenas no final de 2017 apresentou o processo ao Tribunal de Contas”.
“Durante mais de dois anos, assinalou que o processo não avançava porque estava pendente nesse Tribunal quando nem lá tinha dado entrada. Tal suscitou esclarecimentos públicos do Tribunal desmentindo o Governo. É um exercício triste de engano e dissimulação”, conclui o PSD/Algarve.