
SNS tem hoje no Algarve mais 164 médicos do que aqueles que tinha em 2015 – PS/Algarve
O PS/Algarve acusou hoje a estrutura homóloga do PSD de “falta de memória”, sustentando que há mais 164 médicos em funções no Algarve do que havia em 2015, quando o governo PSD/CDS-PP terminou o seu mandato.
“Talvez o PSD Algarve tenha falta de memória ou acredite que a solução milagrosa para a vinda de mais médicos para a região passe por replicar certas “engenharias criativas” em matéria salarial. Esse não é o nosso caminho”, frisou a estrutura liderada por Luís Graça, em comunicado.
Na terça-feira, o PSD/Algarve criticou o “estrondoso falhanço” do governo na contratação de médicos para fazer face ao verão no Algarve, pedindo que a região seja “a primeira prioridade” na saúde a nível nacional.
Segundo o jornal Público, o Ministério da Saúde queria reforçar o Algarve com mais médicos até final de setembro, através da mobilidade especial, mas até ao momento não tinha assegurado qualquer contratação.
Em comunicado, o PS/Algarve sublinhou que “os algarvios não esquecem os inúmeros médicos, por vezes equipas completas, que abandonaram os hospitais públicos de Portimão e de Faro, chegando mesmo a sair do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em rutura com o modelo de governação do PSD para a saúde no Algarve”.
“Apesar de todas as dificuldades”, prosseguiram os socialistas, o SNS “tem hoje no Algarve mais médicos do que aqueles que tinha em 2015 no final dos quatro anos e meio de destruição dos serviços públicos de saúde na região levados a cabo pelo anterior Governo do PSD”.
O PS acrescentou que a região do Algarve tem hoje “mais 79 médicos especialistas e mais 85 médicos em formação” do que em dezembro de 2015 no SNS e que o número de algarvios com médico de família é superior ao registado em 2015.
“No total, existem hoje no Algarve a trabalhar no âmbito do Serviço Nacional de Saúde mais 164 médicos do que aqueles que existiam em dezembro de 2015 quando o PSD deixou o governo”, assegurou o PS/Algarve.
Os socialistas salientaram ainda que estão a decorrer mais dois procedimentos concursais conducentes ao recrutamento de pessoal médico para a categoria de assistente, das áreas de Medicina Geral e Familiar, hospitalar e de saúde pública, que permitirão o reforço do SNS com mais 1.234 médicos, 66 dos quais destinados ao Algarve: dois para a divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, 25 para diversas unidades da Administração Regional de Saúde do Algarve e 39 especialistas para o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve.
Lembrando “as dificuldades que o Algarve tem em contratar médicos, particularmente nalgumas especialidades, como anestesia e ortopedia”, o PS/Algarve reconheceu, porém, “que as medidas excecionais para a contratação temporária de médicos têm que ser redesenhadas, face ao desinteresse geral dos médicos para trocar durante alguns dias o seu local habitual de trabalho por outro no Algarve ou em zonas do interior”.
“Mas o PSD não tem legitimidade para apoucar o trabalho de recuperação que o Governo, as administrações da ARS e do Centro Hospitalar Universitário do Algarve e os profissionais têm feito ao longo destes três últimos anos para inverter a sangria que a direita provocou na qualidade da medicina praticada na região e na quebra de recursos humanos, designadamente médicos”, concluíram os socialistas.