O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) apresentou um projeto de lei para atribuir às vítimas do incêndio de agosto no Algarve medidas de apoio idênticas às atribuídas às vítimas dos incêndios florestais do ano passado.
Para os parlamentares bloquistas, é “premente que se reconheça a excecionalidade dos incêndios ocorridos” no passado mês de agosto na serra algarvia, pela dimensão da área ardida, pelo número de feridos atingidos e, ainda, pelos malefícios que atingiram as vítimas, “importando agora apoiar com urgência todos e recuperar habitações, equipamentos e outros apoios”.
“É necessário providenciar a reposição das potencialidades produtivas, devendo prevalecer critérios de apoio idênticos aqueles que foram estabelecidos para os incêndios de junho e outubro de 2017”, sublinham os deputados do BE no projeto de lei entregue na Assembleia da República.
Os bloquistas recordam que o incêndio de Monchique foi “o maior incêndio do ano, o qual somou milhões [de euros] de prejuízos em habitações, infraestruturas e apoios”.
Só no concelho de Monchique, acrescentam, “perderam-se mais de 50 casas, total ou parcialmente, dois terços de medronhal foi consumido pelas chamas, assim como centenas de colmeias”.
O incêndio que deflagrou na serra de Monchique, no dia 3 de agosto, acabou por alastrar aos concelhos vizinhos de Silves, Portimão e Odemira, consumindo uma área ardida de cerca de 27 mil hectares durante uma semana.