Um relatório elaborado pelo Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) em agosto passado, concluía que a existência de dois horários - um de Verão e outro de Inverno - era benéfico para as pessoas, uma vez que poderiam aproveitar mais horas de sol. Relativamente às perturbações de sono causadas pela mudança da hora "não são significativas", concluía o relatório do OAL. O mesmo sucedendo com uma eventual poupança energética, cujos benefícios não seriam expressivos.
Este relatório mereceu alguns comentários políticos e, de acordo com o jornal "Sol", o primeiro-ministro acabou por vir a público ontem, garantir que a mudança de hora vai manter-se. Isto é, em outubro haverá a tradicional alteração para o Horário de Inverno, atrasando-se os relógios uma hora, e em março regressa-se ao Horário de Verão, adiantando os ponteiros também uma hora.
Disse o primeiro-ministro, António Costa, em entrevista à TVI: "Não vejo razão para que se contrarie a ciência", e prosseguiu: “Acho que o bom e único critério é o critério da ciência e o que foi expresso até ao momento pela entidade competente, que é o Observatório Astronómico de Lisboa". Assim, segundo Costa, prevalece o "o entendimento que em Portugal devemos manter este regime de horário, com uma hora de Verão e uma hora de Inverno”, acrescentou.
Ainda de acordo com o "Sol", a mudança da hora está a ser debatida a nível comunitário e a Comissão Europeia terá pedido aos 28 estados-membros para se pronunciarem sobre o assunto. A esmagadora maioria é favorável a que se deixe de atrasar o relógio em outubro e adiantar em março.