O grupo parlamentar PCP defendeu a aposta na manutenção de viaturas da GNR em oficinas próprias, aproveitando a construção das novas instalações para o Comando Territorial de Faro, prevista para o concelho de Loulé.
De acordo com o requerimento enviado ao governo pelos deputados comunistas, no Algarve, a manutenção e reparação das viaturas do Comando Territorial de Faro é feita, em parte, em oficinas próprias, mas “exíguas”, e os recursos humanos afetos ao seu funcionamento são “insuficientes”, não havendo capacidade para dar uma resposta cabal às necessidades das suas várias unidades.
O novo Comando Territorial da GNR no Algarve ficará situado no concelho de Loulé, de acordo com o protocolo assinado entre o governo e o município algarvio, em novembro do ano passado.
Nas questões enviadas ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, Paulo Sá – eleito pelo Algarve –, António Filipe e Jorge Machado questionam se o governo está disponível dotar a GNR no Algarve de “modernas oficinas, com recursos humanos qualificados e em número suficiente”, com capacidade para as operações de manutenção e reparação das viaturas e de embarcações.
De acordo com informação recolhida pelo PCP, a GNR tem cerca de 5.600 viaturas, mas uma parte considerável, devido à elevada idade e quilometragem, encontra-se inoperacional, um problema que tenderá a agravar-se face à lentidão na aquisição de novas viaturas.
A manutenção e reparação das viaturas da GNR é feita em oficinas da própria força de segurança, mas também, a maioria, por empresas externas, situação que o PCP critica.
“Atualmente, nas oficinas da GNR faltam recursos humanos, aos quais também não é dada formação específica adequada à manutenção e reparação automóvel”, sublinham os deputados comunistas, que defendem “a expansão e modernização da rede de oficinas da GNR”, com a afetação de mais pessoal a essas oficinas e a realização regular de ações de formação para esses profissionais.
O investimento inicial seria “relevante”, mas “recuperado a prazo com as significativas poupanças que resultariam da manutenção e reparação das viaturas da GNR nas suas próprias oficinas”.