O Conselho Municipal de Turismo (CMT) de Faro reuniu na passada quarta-feira, 30, no salão nobre dos Paços do Município, já com a integração de parceiros privados, após as alterações introduzidas pelo executivo no seu funcionamento.
Para participar no órgão consultivo – que visa o debate e reflexão sobre o turismo em Faro, de forma a melhorar a oferta turística e identificar oportunidades de mercado e promoção –, os privados devem desenvolver atividade ligada ao setor no concelho.
Esta foi também a primeira reunião do CMT depois de a câmara ter criado a divisão de Promoção Turística, para “melhor promover o concelho junto dos mercados emissores e a melhorar a articulação do município com as entidades ligadas ao setor”.
O encontro contou com cerca de 50 participantes de entidades regionais de turismo, juntas de freguesia, assembleia municipal, forças de segurança, Universidade do Algarve, Aeroporto de Faro, associações do setor, agências de viagens, operadores turísticos, empresas marítimo-turísticas e animação turística, empresários de hotelaria, restauração e mais entidades públicas e privadas com responsabilidades em diversas áreas.
O vereador Carlos Baía, responsável pelo pelouro do turismo, apresentou a evolução turística recente do concelho e o Plano de Ação da Divisão de Promoção Turística para 2019.
O autarca salientou a evolução do número de camas – de cerca de 1.700 em 2013 para aproximadamente 4.500 em 2018, distribuídas por todas as tipologias de alojamento –, do número de dormidas - passou de cerca de 290.500 em 2013 para 520.000 em 2017 – e da taxa de ocupação – que subiu ao longo dos últimos anos e, em 2017, fixou-se em 55%, “acima dos valores do Algarve e Portugal”.
O diretor do Aeroporto Internacional de Faro, Alberto Mota Borges, convidado da sessão, falou sobre a evolução verificada no movimento do aeroporto ao longo dos últimos anos e do perfil dos passageiros e companhias aéreas.
O número de passageiros desembarcados no aeroporto nos últimos cinco anos cresceu de forma “bastante acentuada”, passando de 5.981.448 em 2013 para 8.685.571 em 2018.
O presidente da Câmara Municipal de Faro encerrou os trabalhos, dando nota da importância do investimento público na qualificação do território, tornando-o mais atrativo para as empresas e para os visitantes.
Rogério Bacalhau destacou vários dos projetos em curso, como o passeio marítimo, que ligará a parte exterior da doca de recreio ao largo de São Francisco; a Operação de Reabilitação Urbana (ORU) recentemente aprovada para a zona ribeirinha de Faro; ou a elaboração dos planos de pormenor do Bom João e do cais comercial.
“Investimentos que serão cruciais também para potenciar ainda mais os contributos de todos os agentes privados, que muito têm feito pela revitalização do concelho e aos quais estamos reconhecidos”, concluiu o autarca farense.