O presidente da Associação Turismo do Algarve (ATA) considera que a região algarvia está preparada para a falência da companhia aérea Germania, que vai implicar a perda de quatro rotas para o destino, afetando cerca de 25 mil turistas.
“Infelizmente esta é mais uma notícia que não queríamos ter recebido, especialmente tendo em conta que a Alemanha é um dos principais mercados tradicionais do Algarve”, disse João Fernandes, que também lidera a Região de Turismo do Algarve, em comunicado.
A falência implica a perda de quatro rotas para o destino (Erfurt, Münster/Osnabrück, Dresden e Nuremberga), o que se estima que venha a afetar cerca de 25 mil turistas, traduzindo-se numa eventual diminuição de aproximadamente 5% face ao número total de passageiros que chegam ao Algarve provenientes deste mercado – o correspondente a 0,5% no que diz respeito ao número total de passageiros que aterram no aeroporto de Faro.
“Temos as ferramentas necessárias para minimizar esse impacto e, tal como aconteceu recentemente com as falências de companhias como a Monarch, a Air Berlin ou a Niki, acreditamos que a região será capaz de dar a volta por cima e de colmatar as rotas e frequências perdidas”, sublinhou o presidente da ATA, agência responsável pela promoção do destino junto dos mercados externos.
No inverno de 2018, acrescenta a ATA, registou-se um aumento da oferta de lugares em todos os mercados que servem o aeroporto de Faro, com destaque para a Alemanha e o Reino Unido, dois mercados ainda em recuperação das perdas causadas pelas falências das companhias Air Berlin, Niki e Monarch.
“Essas perdas foram já supridas e, no caso do mercado alemão, o Algarve conta já, desde o final do ano passado, com uma nova rota para Berlim (Schoenefeld) e com novos serviços para as cidades de Colónia e Düsseldorf”, salientou João Fernandes.
O responsável destaca ainda os aeroportos de Berlim, que passaram a ser servidos por três companhias aéreas: a Ryanair e a Easyjet, a partir de Schoenefeld, e a LaudaMotion, a partir de Tegel.
“No caso da Germania, as rotas existentes para o Algarve operavam no período de verão IATA, isto é, de fevereiro a outubro, o que implica um fraco impacto no período em que o destino é ainda alvo de uma maior sazonalidade – meses de novembro, dezembro e janeiro”, conclui.
Perante este contexto, a ATA, em conjunto com o Turismo de Portugal e o Aeroporto de Faro, vai procurar reforçar as negociações com outras companhias aéreas, dando-lhes a conhecer o potencial que as rotas até agora operadas pela Germania representam.
Paralelamente, será intensificado o esforço tendo em vista a realização de campanhas de marketing conjuntas com companhias e operadores turísticos, no sentido de incrementar as vendas do destino junto do mercado alemão, tido como prioritário.