
Perante uma eventual fraude eleitoral na Bolívia, Bolsonaro defende o fim do voto eletrónico no Brasil
O presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro, que já há algum tempo vem defendendo o fim do voto eletrónico, usou ontem as redes sociais para comentar a renúncia do presidente boliviano Evo Morales, e defendeu a adopção do voto impresso nas eleições.
Bolsonaro defende que no Brasil, as eleições sejam pelo método do voto impresso, para que as votações possam ser auditadas. No Twitter, Jair Bolsonaro escreveu: “Denúncias de fraudes nas eleições culminaram na renúncia do Presidente Evo Morales. A lição que fica para nós é a necessidade, em nome da democracia e da transparência, contagem de votos que possam ser auditados. O VOTO IMPRESSO é sinal de clareza para o Brasil!”, defendeu através da sua conta no Twitter.
Morales diz que houve um "golpe cívico, político e policial"
Recorde-se que o presidente da Bolívia, desde 2006, Evo Morales anunciou este domingo, 10, a sua renúncia ao cargo, depois de uma forte sugestão das Forças Armadas.
Morales disse que "houve um golpe cívico, político e policial. Meu pecado é ser indígena", ao comunicar a sua decisão, anunciada pela televisão ao lado de seu vice-presidente, Álvaro García Linera, e Gabriela Montaño, ministra da Saúde e ex-presidente do Senado, que também se demitiram.
Evo Morales, escreveu no Twitter que "os golpistas que assaltaram a minha casa e a casa da minha irmã incendiaram outras casas, ameaçaram de morte ministros e seus filhos, e irritaram um prefeito, agora mentem e tentam nos culpar pelo caos e pela violência que causaram. Bolívia e o mundo são testemunhas do golpe."
Polícia desmente existência de mandato de prisão
Perante notícias vinda a público de que a polícia da Bolívia teria emitido um mandato de prisão contra Evo Morales, Yuri Calderón, comandante da Polícia Nacional boliviana negou a existência do mandado contra o ex-presidente. Palavras do comandante: “Quero informar à população boliviana que não há mandado de prisão contra oficiais do estado como Evo Morales e seus ministros”, declarou Calderón à emissora de TV boliviana Unitel.
O local exato onde Evo Morales se encontra atualmente não foi ainda revelado. Há quem defenda que o ex-presidente boliviano se refugiou na Argentina, mas não há confirmação.