
Sindicato da Hotelaria contra apoio a patrões que acumularam “milhões de euros em lucros”
O Sindicato da Hotelaria do Algarve defendeu ontem, em comunicado, que os apoios públicos devem ser dirigidos aos trabalhadores e não aos patrões que, nos últimos anos, acumularam “milhões de euros em lucros”.
“Não é aceitável que empresas que acumularam muitos milhares ou milhões de euros em lucros nos últimos anos estejam a receber apoios públicos e a despedir ao mesmo tempo. Quem precisa de ajuda são os trabalhadores e não os patrões que acumularam milhões de lucro”, referiu, em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve.
A estrutura sindical salientou que “os patrões da hotelaria, turismo, restaurantes e similares” continuam a pedir ao governo, entre outras medidas de que já beneficiam, ajudas a fundo perdido “para alegadamente salvar os postos de trabalho”.
Mas na realidade, ressalva o Sindicato da Hotelaria do Algarve, as empresas que têm recebido apoios públicos estão, “ao mesmo tempo, a despedirem milhares de trabalhadores”.
“Esta situação comprova o que temos vindo a dizer, que as medidas do governo não protegem o emprego, nem garantem os rendimentos e os direitos dos trabalhadores”, frisam os sindicalistas algarvios.
A situação exige “a proibição e reversão de todos os despedimentos ocorridos desde o dia 1 de março e a criação de um fundo especial temporário, financiado pelo Orçamento do Estado, para garantir o pagamento dos salários a 100% aos trabalhadores das empresas que verdadeiramente necessitem dessa ajuda”, conclui o sindicato.