O presidente do Farense, João Rodrigues, exteriorizou hoje, em conferência de imprensa, o “sentimento de revolta” do clube contra as arbitragens na I Liga de futebol. “Não somos meninos de creche. O que se está a passar não é bonito”, disse.
Depois da derrota com o Moreirense (1-2), o dirigente foi à sala de imprensa queixar-se de que o clube não tem sido tratado “equitativamente, de igual para igual”, desde início da temporada.
Em causa, na partida desta segunda-feira, estão a grande penalidade assinalada por mão de Tomás Tavares e uma entrada de Ibrahima sobre Madi Queta para cartão vermelho – o árbitro foi alertado pelo VAR, foi ver as imagens mas decidiu manter o amarelo.
“Não entendemos porquê, mas existe do nosso lado a perceção muito forte de que, em situações iguais ou parecidas, somos consistentemente penalizados”, disse João Rodrigues.
O dirigente do emblema, 18.º e último classificado da I Liga, disse que o plantel “está imensamente triste, revoltado, mas não vergado”.
“Não nos vão vergar. Nós vamos lutar e vamos conseguir, contra tudo e contra todos”, garantiu, assegurando que não existe “nenhuma guerra, nem nada que se pareça”, contra qualquer árbitro.
“É uma função extremamente difícil e que respeitamos imenso. Mas também não somos meninos de creche, que não compreendemos o que se está a passar. E o que se está a passar não é bonito. Sentimo-nos prejudicados, sentimos que não estamos a ser respeitados e isso não é aceitável”, prosseguiu.
Para João Rodrigues, todos os lances duvidosos têm sido decididos contra o Farense. “O que acho, e qualquer pessoa de bom-senso achará o mesmo, é que durante uma época há erros que acontecem contra e a favor de uma equipa. Infelizmente para o Farense, são 99%, senão 100% dos erros, contra o Farense. É algo muito estranho.”
O presidente do Farense considerou que a sua equipa “não tem capacidade suficientemente superior às outras” 10 ou 12 que também competem pela manutenção “para passar por cima destes erros”.