O presidente da câmara de Aljezur, na reunião de 9 de fevereiro, apresentou uma proposta para oferta de 2 mil sacos de batata-doce, cerca de 10 toneladas, deste produto, ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve.
«Atendendo ao panorama de pandemia, que nos exige, enquanto sociedade, um esforço hercúleo a todos os níveis, principalmente aos profissionais ligados à saúde, e que nestes últimos 10 meses temos assistido a essa frente, que todos os dias dão o melhor de si;
considerando que o Serviço Nacional de Saúde, tem sido colocado à prova desde o primeiro minuto da pandemia, onde todos os seus profissionais, das várias áreas, tem estado na primeira linha de combate a esta pandemia;
considerando que os profissionais ligados ao CHUA, tem tido deste a primeira hora, um papel de esforço de dedicação, ao qual devemos estar gratos;
considerando que mesmo com o esforço de parceria entre a câmara municipal e a associação de produtores de batata-doce de Aljezur, na realização do festival da batata-doce, na aquisição de batata-doce para oferta a colocar nos cabazes de natal, assim como a oferta a várias entidades locais e regionais, como produto de excelência;
considerando que a produção e comercialização de batata-doce de Aljezur sofreu uma considerável diminuição, tendo em conta que grande parte dos seus consumidores, nomeadamente restaurantes e doceiras, têm estado com a sua atividade suspensa ou consideravelmente reduzida;
atendendo à situação, e com o devido reconhecimento, esta oferta é um “mimo”, ao pessoal médico, enfermeiros, auxiliares e demais pessoal de apoio hospitalar, que deste a primeira hora, estão na primeira linha de combate a esta pandemia covid-19.
Esta é uma forma de agradecimento, reconhecimento e estímulo de coragem, do concelho Aljezur, a estas mulheres e homens», diz a proposta foi aprovada por unanimidade.
Diz a lenda:
«Neste concelho há uma história muito semelhante à dos gauleses, que lutaram bravamente contra os romanos, apesar de estarem em clara minoria. Reza a história que, antes de cada importante batalha, os Cavaleiros de Santiago, chefiados por D. Paio Peres Correia, utilizavam como complemento vitamínico uma poção elaborada a partir de batata-doce. Naqueles tempos, carregar com armas e armaduras não era tarefa fácil. Daí que necessitassem de um alimento completo. O vigor na invasão e a rapidez na tomada do castelo de Aljezur deixou os mouros boquiabertos. A conquista ocorreu em 1249 e a poção que serviu de base à magnífica vitória é, segundo a lenda, nada mais, nada menos que a famosa feijoada de batata-doce de Aljezur».