
Comitiva irá a Israel no fim de semana buscar o spray contra Covid
De acordo com Bolsonaro, o medicamento será testado em fase 3 no Brasil e Anvisa deve autorizá-lo.
O presidente da República do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, afirmou a apoiantes seus, em frente ao Palácio Alvorada, que uma comitiva irá a Israel, neste fim de semana, para trazer o spray nasal desenvolvido naquele país contra a Covid-19 - um medicamento que conforme o presidente declarou, tem eficácia de 100% em casos graves.
Esta notícia, avançada pelo portal R7, diz que o presidente, defensor do tratamento precoce de Covid-19 com o uso da cloroquina e que também tem dito que não basta apostar só em vacinas, destaca que será dada entrada na ANVISA do pedido para uso emergencial do spray nasal. A médica de Porto Seguro, Dr.ª Raíssa Soares, também prescreveu o tratamento a doentes infetados com a doença usando a cloroquina como medicamento essencial numa fase inicial de evolução da doença.
"Nós devemos ter uma comitiva para ir a Israel no sábado ou domingo. A gente vai aqui trazer o spray. Lá deu certo com 30 pessoas em estado grave, e nós vamos aplicar a terceira fase aqui no Brasil desde que a ANVISA autorize.
Deve autorizar, afinal de contas é utilizado até em quem está intubado, então, pode ser que dê certo. Deu certo com 30 pessoas, com todas as 30", reafirmou Bolsonaro.
Na passada semana, segundo o portal R7, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse ter orientado a Embaixada brasileira em Israel a acelerar o início da cooperação com o Centro Ichilov, que fabrica o spray nasal fabricado em Tel Aviv, para que o remédio possa ser utilizado no Brasil no combate à pandemia.
Na mesma conversa com os seus apoiantes, ocorrida na noite desta terça-feira (23), Bolsonaro voltou a reafirmar a sua crença no atendimento precoce da doença.
"O médico sempre usou disso. Isso é ensinado em universidades: quando não tem um remédio específico para aquele mal, ele pode, em comum acordo com o paciente ou com a família, aplicar um outro remédio. E o que se aplica no Brasil, ainda, não tem efeito colateral nenhum: zero. Agora, foi politizado o negócio. Se não me engano, são mais de 500 estudos com esse medicamento e a maioria aponta preventivamente para a recuperação, porque diminuiu a carga viral", disse Bolsonaro.
Não há comprovação científica de benefícios da hidroxicloroquina em pacientes com o novo coronavírus, escreve o portal R7. Pesquisas também indicam que, entre os efeitos colaterais do uso do medicamento com a doença, está a arritmia.