Reserva de água dá para mais ou menos dois anos
A poucos dias do fim do Inverno, Joaquim Peres, presidente do concelho de administração da Águas do Algarve (AdA), falou em exclusivo ao jornal diariOnline Região Sul sobre as atuais reservas de água para consumo humano no Algarve e também sobre o ponto de situação das infraestruturas que vão ser construídas - captação de água no Rio Guadiana e Dessalinizadora – que estão previstas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), as quais visam reforçar o abastecimento de água à região algarvia.
Sobre a reserva de água nas barragens algarvias, Joaquim Peres disse “É verdade que a pluviosidade que tem caído, tem permitido reter nas albufeiras, que normalmente são utilizadas para fornecimento de abastecimento público, têm capacidade armazenada para dois anos de utilização normal”, sendo necessário que a poupança e utilização com rigor sem desperdício seja mantida.
“Quer a dessalinização quer a tomada de água no Guadiana, poderão servir como que de um ‘seguro’ de fornecimento de água ao Algarve. É preciso perceber que quer uma quer outra terão funcionamentos completamente diversos…” esclareceu o presidente da Águas do Algarve, empresa que vai construir e gerir as duas novas infraestruturas algarvia.
Dessalinização já foi objeto de estudo
Questionado sobre quando as obras vão começar, Joaquim Peres foi perentório em afirmar que “Eu diria que já começaram…” e explica como.
Sobre a dessalinização o presidente da AdA revelou que “Já foi objeto de um estudo feito pelas Águas de Portugal, juntamente com as Águas do Algarve, no sentido de se tentar determinar locais e dimensionamento da própria infraestrutura para se obter aquele volume que efetivamente pode vir a ser necessário.”
Joaquim Peres explica ainda como vão funcionar as duas novas infraestruturas. Quanto à dessalinizadora, estão a ser feitos os estudos ambientais, pelo que ainda não é possível determinar o local de sua implantação. Quanto à obra no Pomarão, é mais rápida e “É uma solução que tem uma vantagem muito grande, primeiro, ela não tem que estar sempre a funcionar…” acrescentando que os custos energéticos também têm que ser equacionados.