Mais de 12 meses sem fazer negócio é "uma circunstância nunca antes vivida e, naturalmente, terrível"
A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) considera que um evento como o Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1 sem público será como "mais dois meses de inverno" para o setor, que acumula um ano "terrível".
Na quinta-feira à noite, o jornal Expresso noticiou que até ao fim do processo de desconfinamento - que acontece faseadamente até meados de maio -, o Governo decidiu que eventos como a Fórmula 1 "não terão público”.
"Face a estas decisões - ou aparentes decisões que agora estão na imprensa, mas que ainda não nos foram confirmadas oficialmente - serão mais dois meses de inverno agora na primavera, o que faz com que o nosso inverno dure já há mais de um ano", afirmou o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, quando questionado pela Lusa.
E a ser assim, refere, mais de 12 meses sem que as agências de viagens possam fazer negócio, dada a pandemia de covid-19, trata-se de "uma circunstância nunca antes vivida e, naturalmente, terrível".
No caso das agências de viagens, havia esperança por parte de várias empresas em vender, concretamente, pacotes Fórmula 1 a clientes estrangeiros.
APAVT espera regresso à vida normal em maio ou junho
"A ser verdade, esperamos que mais este sacrifício - porque é um sacrifício com consequências - possa vir a significar finalmente o regresso às viagens, ao turismo, por volta de maio, de junho, um regresso à vida para todos nós, que bem precisamos", refere.
A Fórmula 1 regressou a Portugal em 25 de outubro de 2020, ao Autódromo Internacional do Algarve, após 24 anos de ausência do Mundial, na sequência da reorganização dos calendários devido à pandemia de covid-19.