Em comunicado enviado ás redações, a ALGFUTURO destaca que de Sotavento a Barlavento, a “Solução Guadiana” é uma solução boa pela rapidez, custo e fracos impactos ambientais e argumento com os pontos que se transcrevem a seguir.
1. Consolidar a demonstração já feita de que a “Solução Guadiana” é na atual fase a que garante o reforço do abastecimento em quantidades significativas para a agricultura e consumo doméstico, ao mesmo tempo que é a mais rápida, barata e com menos impactos ambientais, foi o que a ALGFUTURO visou no documento de participação promovido pelo Governo sobre o PRR. Simultaneamente, num quadro de uma fortíssima participação aberta a toda a população, de Barlavento a Sotavento, não tendo por isso fundamento mínimo algumas afirmações que, por razões que desconhecemos, procuram sem qualquer solidez desconsiderar uma proposta absolutamente limpa.
Quanto a dificuldades que eventualmente os Espanhóis possam pôr, não pode ser mais de que um ato de ignorância ou má-fé, já que há quase 30 anos que recolhem água de uma zona que é comum sem qualquer permissão portuguesa.
Por outro lado, o documento expressa que no período que antecedeu a preparação do presente plano sobre recursos hídricos no Algarve como nos debates, tanto em cargos oficiais como associativos o papel dos dirigentes da ALGFUTURO tem sido determinante.
2. É, portanto, natural que no documento apresentado, a ALGFUTURO se congratule com o consenso encontrado nos debates promovidos e pela aceitação das entidades oficiais, em especial S. Exa. O Ministro do Ambiente.
Mais se salienta que a ALGFUTURO perfilha da opinião que a opção global final deverá conter um conjunto de caminhos conjugados, sejam as águas residuais, poupanças, dessalinização e outras, sendo certo, no entanto que a “Solução Guadiana” é que num prazo curto responde às necessidades.
A União Empresarial do Algarve destaca ainda o acordo celebrado com a Universidade que foi estabelecido na organização de todo o debate bem como o facto da substância da proposta ter como base uma intervenção na Assembleia da República do seu Presidente proferida à data do início de março, há precisamente 40 anos.
Nessa altura, embora estivesse apenas concluída uma grande barragem salientou o enquanto Deputado que pela projeção da dinâmica económica da região, achava que nas suas proféticas palavras que para reforçar o sistema Sotavento/Barlavento o Guadiana seria uma solução.
Também nessa altura José Vitorino como agora a ALGFUTURO, defendem de forma determinada medidas para o interior e serra que contribuam para a retenção de água que garantam o reforço dos aquíferos subterrâneos bem como o combate às perdas. Contudo, a realidade demostra que as zonas serranas foram abandonadas e nos tempos mais recentes, na última década e meia também pouca coisa foi feita.
3. Em matérias sensíveis como esta a sua transparência e debate são fundamentais pelo que no documento enviado, a ALGFUTURO detalhou as operações que nesse sentido tiveram lugar. Já referimos que todo o processo decorreu em conjugação com a Universidade do Algarve, do princípio ao fim, através de uma comissão organizadora que promoveu debates em Tavira, Faro (2), Silves e Lagos, com vasta divulgação em tarjas e folhetos porta a porta desde o litoral à serra, bem como anúncios no Facebook. E mais salientou que todas as propostas foram postas à consideração pelos participantes à mesa. É ainda de salientar que foram convidadas todas as Autarquias para estarem presentes e usar da palavra; também foi dada ao Magnifico Reitor Paulo Águas e ao Dr. José Vitorino, bem como autarquias locais.
4. Por último, realizou-se um importantíssimo seminário de encerramento aberto a toda a população, que foi um exemplo de diversificada cidadania democraticamente expressa, com a intervenção final de S. Exa. O Ministro do Ambiente, apontando um conjunto de soluções estruturais para a água a implementar em breve, entre as quais a “Solução Guadiana”, aproveitando-se nesta altura para fazer o que consideramos constituir um gesto de respeito e admiração que foi por um lado a larga e espetacular visão de José Vitorino, e, por outro, as grandes debilidades das estruturas publicas. Só após quase meio século vão gerar soluções.
O comunicado da ALGFUTURO termina com uma nota final de grande satisfação pela forma elevada e construtiva como nestes meses finais se encontrou um consenso numa solução que era reivindicada por todo a Algarve.