A comissão de Transportes do Parlamento Europeu (PE) pediu na sexta-feira aos Estados-membros para porem fim à mudança da hora, que este domingo acabou por ser mais uma vez adiantada das 01:00 às 02:00 horas, para a chamada Hora de Verão.
Este pedido remonta a 2018, de acordo com uma notícia da Agência Efe, quando o Parlamento Europeu pediu à Comissão que avaliasse a diretiva relativa à hora de verão e, se necessário, que apresentasse uma proposta de revisão.
Na sequência da avaliação, que recebeu 4,6 milhões de respostas de cidadãos europeus, 84% das quais favoráveis ao fim da mudança da hora, a Comissão apresentou a proposta, que foi revista pelo PE em 2019.
O Parlamento Europeu votou a favor de eliminar esta prática de acertar os relógios numa hora na Primavera e Outono a partir de 2021, mas o Conselho da UE ainda não tomou uma posição acerca do tema, revela a notícia da Agência Efe.
O eurodeputado social-democrata Johan Danielsson disse em comunicado que "é importante satisfazer as exigências dos cidadãos para parar de mudar a hora" e demonstrar-lhes que o bloco comunitário toma nota das suas preocupações.
De acordo com o deputado, 20% da população sofre problemas físicos ou mentais relacionados com a mudança de hora. Estes, na sua maioria, são grupos vulneráveis da sociedade, tais como crianças, idosos ou doentes crónicos.
"Espero que os países da UE deixem de arrastar os pés e venham até à mesa das negociações para concordar em pôr fim à mudança da hora sem mais demora", disse o político sueco.
A presidente da comissão dos Transportes, Karima Delli (Verdes) salientou que os 27 "devem coordenar-se entre si para escolher a melhor hora para a sua região" e acusou que, de acordo com numerosos estudos, a mudança da hora "tem um efeito negativo na saúde humana".
Para que as novas regras se tornem lei, devem ser acordadas pelo Parlamento e pelos ministros da UE.