1954 - 2021
Velório irá realizar-se amanhã na Basílica da Estrela, em Lisboa. Antigo ministro faleceu ontem, quarta-feira (7), vítima de um ataque cardíaco fulminante.
O velório de Jorge Coelho irá realizar-se amanhã na Basílica da Estrela, em Lisboa, segundo informação publicada pela Record TV Europa, citando a RTP, a que tivemos acesso.
De acordo com a informação veiculada pela RTP, o funeral do antigo ministro irá ter lugar em Mangualde, a sua terra Natal, no próximo sábado.
Recorde-se que Jorge Coelho faleceu ontem, quarta-feira, na sequência de um ataque cardíaco fulminante, na Figueira da Foz.
O histórico socialista sentiu-se mal no decorrer de visita a uma habitação na rua da Liberdade, na zona turística do Bairro Novo.
“A senhora que estava com ele (Jorge Coelho) ligou para o 112 e quando a nossa equipa chegou ao local ele estava em paragem cardiorrespiratória”, referiu na altura o comandante dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz.
“Foram feitas manobras de reanimação mas não foi possível reverter a situação”, tendo o óbito sido declarado no local, afirmou o mesmo responsável.
Excerto do percurso político de Jorge Coelho
Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho, nasceu em Viseu em 1954.
Filiou-se no Partido Socialista em 1982. E nesse messe mesmo ano, de acordo com o registo existente na Wikipédia, foi nomeado chefe de gabinete do secretário de Estado dos Transportes do IX Governo Constitucional, Francisco Murteira Nabo (1983-1985).
A experiência executiva seguinte foi em Macau, onde foi chefe do gabinete do secretário de Estado Adjunto dos Assuntos Sociais, Educação e Juventude de Macau em 1988/89 e, já em funções governativas na mesma região, no cargo de secretário Adjunto para a Educação e Administração Pública (1989-1991).
Regressado a Portugal, assumiu ser o "homem da máquina" socialista e muito próximo de António Guterres, teve uma participação bastante ativa na eleição de Guterres para secretário-geral do Partido Socialista, nas eleições ganhas a Jorge Sampaio.
Depois, assegurou montou a campanha eleitoral vitoriosa do PS nas eleições Legislativas de 1995.
Nas eleições Legislativas de 1999, o PS voltou a ganhar e também nestas eleições, Jorge Coelho desempenhou o papel preponderante de líder da campanha eleitoral socialista.
No primeiro governo constitucional liderado por António Guterres, em 1995, Jorge Coelho assumiu o cargo de ministro adjunto.
Na remodelação de 1997, acumulou o cargo de ministro adjunto com o de ministro da Administração Interna.
E das iniciativas tomadas como ministro adjunto, destaca-se a criação das Lojas do Cidadão, espaço central de atendimento de várias entidades públicas, agregando e ligando diversos serviços num só espaço.
No XVI Governo, após as eleições legislativas de 1999, tomou posse dos cargos de ministro da Presidência e ministro do Equipamento Social (Obras Públicas), para mais tarde deixar o cargo de ministro da Presidência para passar a ministro de Estado.
Tudo corria relativamente bem, até à queda da Ponte Hintze Ribeiro de Entre-os-Rios, em Castelo de Paiva, a 4 de março de 2001, onde morreram 59 pessoas.
Jorge Coelho, não hesitou e pediu a demissão do governo «assumindo a responsabilidade política» pelo acidente, afirmando que «não ficaria bem com a minha consciência se não o fizesse» - declarou publicamente.
A sua última decisão no cargo foi pedir um inquérito porque «a culpa não pode morrer solteira»". Foi substituído, em 10 de março de 2001, por Eduardo Ferro Rodrigues no cargo de ministro do Equipamento Social.
Após a saída do Governo, continuou a assumir um papel central no PS e coordenou ainda a campanha eleitoral das eleições Legislativas de 2005, em que o PS conseguiu a sua primeira maioria absoluta, e também das autárquicas de outubro de 2005.
Em novembro de 2006, renunciou ao mandato de deputado e abandonou todos os cargos partidários para se dedicar à atividade profissional de gestor empresarial.
Faleceu, vítima de um ataque cardíaco fulminante, na quarta feira, dia 7 de abril de 2021.