
Reabilitar antiga Estação Salva-Vidas da Fuseta vai custar 750 mil euros
O presidente da Câmara Municipal de Olhão anunciou ontem que a reabilitação estrutural da antiga Estação Salva-Vidas da Fuseta, em risco de ruína/colapso parcial, deverá envolver um investimento de 750 mil euros.
A revelação surge após a conclusão da primeira fase do plano de reabilitação da estrutura levado a cabo pela autarquia olhanense – embora o edifício seja propriedade da Marinha –, que passou pela avaliação do seu estado de conservação estrutural e construtivo.
A equipa constituída pela Universidade do Algarve (incluiu o arquiteto Miguel Reimão Costa, mestre em Património Histórico, o arquiteto e especialista em reabilitação e restauro José Aguiar e António Sousa Gago, diretor do Laboratório de Estruturas e Resistência de Materiais do Instituto Superior Técnico) concluiu que, do ponto de vista estrutural, tendo em conta a profundidade e a extensão da degradação, “o edifício se encontra em risco de ruína/colapso parcial, sendo recomendável impedir de imediato o acesso ao seu interior e plataformas bem como, e sobretudo, à parte inferior do edifício”.
Existem condições para reabilitar estruturalmente o edifício
De acordo com os consultores técnicos e projetista, avançou o presidente da Câmara de Olhão, António Miguel Pina, em comunicado divulgado na página de Facebook da autarquia, “existem condições técnicas e materiais para reabilitar estruturalmente o edifício”, o que terá um custo de cerca de 750 mil euros.
Neste momento, acrescenta o autarca olhanense, está a ser preparada a segunda fase do plano, que passa pela adjudicação do projeto de execução da reabilitação do edifício.
Recorde-se, a autarquia assumiu, no ano passado, a responsabilidade de reabilitar este “edifício icónico” da vila da Fuseta e do concelho.
“Dado o valor material e imaterial do Salva-Vidas e relação histórica e afetiva com a população da Fuseta e de todos quantos por esse mundo fora se deslumbraram ao conhecê-lo, entendeu o município levar a cabo uma intervenção de reabilitação estrutural do edifício, dotando o mesmo das mais avançadas técnicas construtivas que permitam a sua perpetuação”, assinala António Miguel Pina, recordando que as manutenções regulares não impediram o processo de corrosão progressivo ao nível da sua estrutura de betão armado e que a deterioração dos betões por corrosão das armaduras, neste ambiente, é um processo natural ao longo dos seus 50 anos de existência.
O município compromete-se a “priorizar e agilizar” os procedimentos administrativos necessários, “dentro, obviamente, das possibilidades legais do processo”, no sentido de acelerar o projeto.