
Portugal avança para a segunda fase de desconfinamento
"Deixamos de estar em estado de calamidade e passamos a estar em estado de contingência", disse há poucos minutos a ministra Mariana Vieira da Silva, em conferência de imprensa, evocando que Portugal antecipa a segunda fase de desconfinamento, devido à ter atingido antes do previsto a meta de 70% da população com vacinação completa contra a covid-19.
"Portugal tem hoje um nível de vacinação superior à média da União Europeia. É um dos países do mundo com mais altas taxas de vacinação completa", afirmou Mariana Vieira da Silva, no Palácio da Ajuda, realçando que os valores de pessoas internadas nos cuidados intensivos estão a cerca de metade da "chamada linha vermelha".
Mariana Vieira da Silva, que é a primeira-ministra em exercício durante as férias do primeiro-ministro, António Costa, anunciou que Portugal avança para a segunda fase do desconfinamento.
Mediante a apresentação do certificado digital de vacinação ou de um teste negativo, são permitidas as seguintes atividades:
Viagens por via aérea ou marítima;
Estabelecimentos turísticos e alojamento local;
Restaurantes no interior, aos fins de semana e feriados;
Ginásios (para aulas de grupo);
Termas e spas;
Casinos e bingos;
Eventos culturais, desportivos ou corporativos com mais de 1.000 pessoas (em ambiente aberto) ou 500 pessoas (em ambiente fechado);
Casamentos e batizados com mais de 10 pessoas (até às 02:00h).
A intitulada Fase 2 (70% da população com vacinação completa) visa que as seguintes medidas entrem em vigor a partir de segunda-feira:
Restaurantes, cafés e pastelarias: 8 pessoas por grupo no interior e 15 pessoas por grupo em esplanada;
Casamentos e batizados com lotação de 75%;
Espetáculos culturais com 75% da lotação;
Transportes públicos sem limite de lotação;
Serviços públicos sem marcação prévia (só a partir de 1 de setembro).
Mariana Vieira da Silva realça que a pandemia "ainda não acabou" e que já nos surpreendeu "com novas variantes e evoluções que não esperávamos", pelo que apela ao cumprimento de medidas individuais, assim como a um "permanente acompanhamento do estado de saúde".
A responsável governamental admite uma possível antecipação da próxima fase do desconfinamento, fazendo depender essa decisão da meta de 85% da vacinação completa contra a covid-19.