
BE dedicou dia de campanha ao problema da habitação no Algarve
O Bloco de Esquerda (BE) do Algarve dedicou o dia de ontem, terça-feira, na campanha para as Legislativas ao problema da habitação, exigindo um programa de habitação pública que pressione para a redução das rendas de mercado.
Sandra da Costa, candidata n.º 3 da lista do BE pelo círculo de Faro, lembrou que “o Algarve tem as rendas mais caras do país a seguir a Lisboa e as remunerações médias mensais mais baixas”.
A candidata do Bloco de Esquerda chamou a atenção para o facto de estas rendas “inviabilizarem a permanência de muitos jovens no Algarve e impedirem a atração” de médicos, enfermeiros, professores e outros profissionais qualificados.
“A especulação e os apetites imobiliários sobrepõem-se aos planos de ordenamento do território, degradam o ambiente e a qualidade de vida dos cidadãos, prevalecendo assim os interesses privados sobre o interesse público”, salienta o BE.
Exemplificando com o caso da Fuseta, no concelho de Olhão, os bloquistas salientam que nessa vila “constroem-se apartamentos de luxo na zona protegida da Ria Formosa e ocupa-se o espaço público, com a conivência dos poderes políticos”.
Nesse âmbito, prossegue o BE, a criação da Região Administrativa do Algarve “constituirá uma alavanca fundamental para a defesa e valorização da região, impedindo os diversos atropelos ao ambiente e ordenamento do território”.
João Vasconcelos, atual deputado e mandatário da candidatura, recordou que a criação das regiões administrativas encontra-se plasmada na Constituição desde 1976 e que o BE sempre a defendeu. “Um dos compromissos do Bloco é a criação da Região Administrativa do Algarve na próxima legislatura, fundamental para responder a problemas como a habitação, transportes, serviços públicos, desenvolvimento económico ou ambiente”, conclui o partido.